Projetos de capacitação movimentam a Câmara

Projetos de capacitação técnica movimentaram a Câmara Municipal nessa quinta-feira (9 de novembro).


ESCOLA CIDADÃ


O ciclo de palestras “Escola Cidadã” discutiu afetividade e sexualidade no ambiente escolar. A apresentação ficou por conta da professora Ediléia Barros Auad Moreira, da Universidade Federal de Alfenas (Unifal), que também é pedagoga e especialista em Educação.


A palestra tratou, principalmente, do modo como devem ser abordadas questões relativas à sexualidade junto a crianças e adolescentes no ambiente escolar, bem como o papel dos educadores nesse processo.




O debate sobre o tema é de grande importância para quem lida diariamente com esse público. De acordo com estudiosos da área, atualmente crianças e adolescentes têm acesso a informações pouco confiáveis a respeito de sexualidade, o que contribui para o início da vida sexual cada vez mais cedo, sem maturidade e conhecimentos necessários.


O ciclo de palestras “Escola Cidadã”, realizado pela Escola do Legislativo “Historiador Benefredo de Sousa” em parceria com a Superintendência Regional de Ensino, é voltado aos profissionais da rede estadual de ensino em Três Corações. O projeto prevê abordagem de temas importantes na formação continuada dos professores.

 

SIMPÓSIO “DESAFIOS DA GESTÃO PÚBLICA”


Em seguida, foi realizada mais uma atividade do 1º Simpósio Sul Mineiro “Desafios da Gestão Pública”. O tema em discussão foi orçamento participativo.


A palestra foi ministrada pelo professor Gabriel Rodrigo Gomes Pessanha, também da Unifal. Ele é doutor em Administração pela Universidade Federal de Lavras (Ufla) e tem experiência nas áreas de finanças, economia industrial e governança corporativa.


Inicialmente, o professor falou sobre diferentes modelos de gestão. Enquanto o modelo heterogestionário pressupõe a centralização do poder permanece nas mãos de quem comanda, no modelo autogestionário há descentralização do poder, que passa a ser compartilhado por todos.




Em seguida, tratando precisamente de orçamento participativo, Gabriel explicou que o conceito refere-se ao processo de gestão compartilhada entre Estado e sociedade, em que ambos definem democraticamente a destinação de uma parcela do orçamento público. Neste sentido, a ideia de orçamento participativo mantém relação direta com o estabelecimento de prioridades para investimentos públicos, o que requer envolvimento de cidadãos que conhecem as necessidades locais.


Como vantagens da prática do orçamento participativo, o palestrante destacou a inibição do clientelismo e da corrupção, a potencialização da eficácia do planejamento governamental e o aumento da fiscalização social sobre gastos públicos.


De iniciativa da Câmara em parceria com Unifal e Associação Brasileira de Câmaras Municipais, as palestras e debates do simpósio são conduzidos por mestres e doutores que possuem ampla e significativa produção científica na área de gestão pública. A programação é gratuita e certifica-se a participação.